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O câncer colorretal tem cura?

dez. 11, 2020

O câncer colorretal é um tipo de tumor muito frequente tanto em homens quanto em mulheres. Atualmente, excluindo-se os cânceres de pele, é o segundo câncer mais comum em homens e também em mulheres. E, segundo as estatísticas de câncer do INCA, é o terceiro tipo com maior taxa de mortalidade.


Contudo, apesar da alta incidência, o câncer colorretal tem cura. De acordo com médico especialista, existe 90% de chance de cura se descoberto no início.



Neste artigo, vamos explicar como funciona o diagnóstico do câncer colorretal e como a detecção precoce da doença é fundamental para aumentar as possibilidades de cura. Entenda a seguir!

Como é feito o diagnóstico do câncer colorretal?

Para diagnóstico do câncer colorretal, o principal exame é a colonoscopia, que permite visualizar o revestimento interno do intestino grosso, a fim de identificar se já há lesões na região ou se existem lesões que poderão se transformar em cânceres no futuro.


Em caso de suspeita, é possível também realizar a biópsia, em que uma pequena amostra da lesão é retirada e encaminhada para análise para confirmação ou não do diagnóstico.


Em caso de confirmação de um câncer colorretal, após esse procedimento inicial de colonoscopia, o médico pode solicitar outros exames para avaliar o estágio do tumor e se há metástase (quando o câncer se espalha para outros órgãos ou regiões do corpo), como ultrassonografia endoscópica, tomografia computadorizada, ressonância magnética e exame de sangue para dosagem do CEA.

Aqui, é importante mencionar que o rastreamento é de suma importância para o diagnóstico precoce do câncer colorretal.


Exames de rastreamento tratam-se de um conjunto de exames que ajudam a identificar indícios de tumor antes mesmo de surgirem os primeiros sintomas, em tempo hábil de cura. Alguns dos principais exames de rastreamento para o câncer colorretal são: exame proctológico, pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia.


O rastreamento é indicado conforme alguns critérios, como perfil do paciente, idade, fatores de risco e histórico familiar. Quando há sintomas de câncer do intestino grosso, o rastreamento é recomendado para a investigação de pólipos precursores ou mesmo de tumor.


Da mesma forma, pessoas que fazem parte do grupo de risco devem fazer o rastreamento. Além da presença de sintomas, são fatores de risco: antecedente de doença inflamatória intestinal (doença de Crohn ou retocolite) e antecedente pessoal ou familiar de câncer (de intestino grosso, ovário, mama, endométrio e tireoide).


Para pacientes que não apresentam sintomas e não são do grupo de risco, geralmente a indicação de início do rastreamento é a partir dos 45 anos de idade. Essa idade foi reduzida recentemente de 50 anos para 45 anos, pelos órgãos especializados, para aumentar ainda mais nossas chances de um diagnóstico precoce da doença.



É importante reforçar que o diagnóstico precoce tem grande influência nas chances de cura. Entenda mais sobre isso no tópico a seguir!

O câncer colorretal tem cura?

A possibilidade de cura do câncer colorretal está fortemente ligada ao estadiamento da doença, isto é, o grau de evolução do quadro. Existem quatro estágios.


No estágio I, o tumor é superficial, ficando restrito à mucosa do cólon ou do reto. Nesses casos, existem grandes chances de cura por meio de tratamento cirúrgico ou até por colonoscopia, sem mesmo necessidade de quimioterapia. 


De forma ainda mais moderna, em casos específicos de cânceres do reto neste estágio, pode-se proceder inclusive tratamentos cirúrgicos realizados por dentro do reto, sem a necessidade de cirurgias laparoscópicas ou robóticas.


No estágio II, o tumor começa a invadir a musculatura do intestino, responsável pelo movimento intestinal, mas ainda sem a presença de invasão de linfonodos. Neste estágio, o tratamento cirúrgico é a principal modalidade de tratamento, com grandes chances de cura real ainda. 


Quando o câncer do reto pertence a esse estágio, podemos aplicar técnicas ainda mais modernas de tratamento clínico e tentar preservar o órgão sem realizar cirurgias. Os estudos demonstram resultados animadores com estratégias de tratamento com associação de quimioterapia e radioterapia nestes casos.


No estágio III, por sua vez, o tumor causa o comprometimento de gânglios ou linfonodos locais, mas ainda não afetando estruturas adjacentes. Neste estágio, a cirurgia é a base do tratamento, mas a quimioterapia pós-operatória deverá também ser utilizada para complementar o tratamento e aumentar as chances de cura.


Quanto mais avançado o estadiamento, maiores são as chances do tumor retornar após um tempo do tratamento inicial e outros tratamentos podem vir a ser necessários no futuro.


Por fim, no estágio IV, ocorre a metástase, ou seja, o tumor se espalha, atingindo outros órgãos locais ou distantes, como fígado principalmente e pulmões. Geralmente, nesses casos, as chances de cura definitiva são menores e a cirurgia é apenas uma parte do tratamento, sendo necessário a quimioterapia e até cirurgias de fígado ou pulmão em casos selecionados.


Em estágios muito avançados, o foco será principalmente o controle da doença e seus sintomas mais limitantes. Como visto, o diagnóstico precoce é crucial para tratar o câncer colorretal. Lembrando que o tratamento varia conforme o estágio de evolução do tumor, de modo que, quanto mais cedo o câncer for identificado, maiores as chances de cura e menos agressivos são os tratamentos. 


Portanto, em caso de suspeita, não deixe de consultar com um médico especialista para fazer os exames de diagnóstico e de rastreamento, principalmente se você fizer parte do grupo de risco. E, para mais informações, acesse a nossa Central Educativa!

Dr. Alexandre Bertoncini

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