Cirurgia Bariátrica

Cirurgia Bariátrica

O que é?

Conhecida popularmente como redução de estômago ou cirurgia da obesidade, a cirurgia bariátrica é indicada para tratamentos de obesidade mórbida ou grave e doenças associadas causadas ou agravadas pelo excesso de gordura corporal, e consiste geralmente na redução do tamanho do estômago associado ou não a uma alteração do tamanho e/ou posição do intestino, diminuindo em parte a capacidade de comer e a absorção dos alimentos ingeridos.

Cirurgia Bariátrica

O que é?
Conhecida popularmente como redução de estômago ou cirurgia da obesidade, a cirurgia bariátrica é indicada para tratamentos de obesidade mórbida ou grave e doenças associadas causadas ou agravadas pelo excesso de gordura corporal, e consiste geralmente na redução do tamanho do estômago associado ou não a uma alteração do tamanho e/ou posição do intestino, diminuindo em parte a capacidade de comer e a absorção dos alimentos ingeridos.

Indicações

O procedimento é indicado para os casos em que todas as tentativas de emagrecimento não invasivas já se esgotaram e não surtiram o efeito esperado. A indicação também requer uma análise do índice de massa corporal (IMC), entre outras doenças correlacionadas com o excesso de peso, conhecidas como comorbidades.

Não há limitação de idade para a realização da cirurgia, mas o procedimento costuma ser indicado a partir dos 16 anos. Em casos de pacientes idosos existe uma preocupação extra em relação às condições cardiovasculares e pulmonares. Habitualmente indica-se a cirurgia até os 65 anos de idade.

Estatísticas

País com maior número de cirurgias bariátricas realizadas.

80.000

Procedimentos realizados por ano

O Brasil é atualmente o segundo país com maior número de cirurgias bariátricas realizadas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, realizando cerca de 80 mil procedimentos por ano. No entanto, este número ainda é considerado baixo em relação a quantidade de pessoas que precisam realizar o procedimento.

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, as novas técnicas adotadas, minimamente invasivas, via laparoscopia, que permitem procedimentos mais seguros e eficazes, têm contribuído para um alto índice de satisfação dos pacientes, durante e após a cirurgia. Atualmente, estima-se que apenas 10% ou 15% dos casos tenham reganho de peso no passar dos anos, mas esses números podem chegar a quase 40-50% em alguns estudos a depender da técnica escolhida.

Tipos de Cirurgia Bariátrica

A escolha do tipo de cirurgia deve ocorrer sob o consenso entre o médico e o paciente, levando em consideração a necessidade, as condições clínicas e as preferências do paciente. Os procedimentos podem ser realizados com a incisão no abdômen ou via videolaparoscopia, que realiza pequenos cortes na região abdominal e é portanto menos agressiva e de melhor recuperação para o paciente. 
Os tipos de cirurgia bariátrica são:

Banda Gástrica

Procedimento menos invasivo que consiste em colocar um anel em volta do estômago, fazendo com que ele diminua de tamanho e reduza a ingestão de alimentos.

Este tipo de cirurgia oferece menos riscos à saúde e tem um tempo de recuperação mais rápido, mas pode não ser totalmente satisfatória em relação a outros procedimentos. Atualmente é pouco utilizada no Brasil por conta de resultados pouco satisfatórios e complicações que podem ocorrer a longo prazo necessitando de cirurgias para a retirada da Banda, bastante comuns.


Bypass Gástrico ou Gastrectomia em Y de Roux

Bypass Gástrico é o principal tipo, o qual trata-se de um procedimento mais complexo, que consiste na separação de grande parte do estômago ligando a parte restante com o início do intestino. Isso reduz a absorção de calorias e o espaço para ingestão de alimentos. Além disso, pela alteração da posição do intestino, há redução na capacidade de absorção de calorias, otimizando seus resultados.


Gastrectomia Vertical

Ao contrário da cirurgia de Bypass, este procedimento remove a maior parte do estômago, mas mantém a ligação natural entre o estômago e o canal inicial natural do intestino, sendo mais rápida de ser realizada geralmente, porém irreversível. Seus resultados se mantêm satisfatórios, permitindo reduzir cerca de 50% do excesso de peso inicial do paciente. Por não haver a alteração de fluxo dos alimentos no intestino, esses pacientes geralmente não precisam de suplementos de vitaminas.A fase inicial da recuperação da cirurgia é bastante semelhante à cirurgia de Bypass (acima). Em casos de mau resultado, pode ser realizada nova cirurgia para transformar a Gastrectomia Vertical em um Bypass gástrico.  Para pacientes que sofram com muitos sintomas de refluxo gastroesofágico antes da cirurgia, essa técnica pode piorar os sintomas e deve ser considerada com bastante cautela pois pode levar a sintomas de refluxo gastroesofágico de difícil controle, muitas vezes necessitando de nova cirurgia para transformá-la também em um Bypass.


Derivação Biliopancreática

Neste procedimento, ocorre a remoção de uma parte do estômago e um desvio de uma parte maior do intestino delgado. Como essa região desviada é responsável pela absorção de nutrientes, a cirurgia ajuda a reduzir a absorção de grande parte dos alimentos, diminuindo consequentemente a absorção de calorias de uma forma muito mais acentuada que no Bypass e por isso é reservada geralmente a casos mais graves de obesidade.


Cuidados Necessários

Geralmente, é indicado que o paciente perca alguns quilos antes de passar pelo procedimento, para proporcionar melhores condições ao procedimento no geral e menores riscos operatórios. Além disso, é essencial realizar todos os exames solicitados pelo médico responsável pelo procedimento e passar em consulta como todos os profissionais da área médica, envolvidos, a fim de obter uma avaliação sobre a saúde geral do paciente: cirurgião, cardiologista, endocrinologista, psicólogo e nutricionista.

Bypass Gástrico ou Gastrectomia em Y de Roux:

Falando especificamente de resultados e cuidados necessários do Bypass gástrico, embora o procedimento seja mais delicado e ofereça um maior cuidado em relação à dieta nos primeiros dias após a cirurgia, a técnica do Bypass apresenta ótimos resultados e pode reduzir até 70% do excesso de peso inicial. É a técnica que mais se conhece os resultados no mundo, embora venha perdendo espaço para a Gastrectomia Vertical (abaixo). Pela alteração na posição do intestino em relação à passagem dos alimentos, nesta técnica o paciente costuma necessitar de vitaminas pelo restante da sua vida para complementar uma nutrição adequada, mas sem limitar em nada a vida do paciente. Em casos de resultados insatisfatórios com grande perda de peso, pode ser feita uma nova cirurgia para desfazer o Bypass e restabelecer a situação inicial.

Tire Suas Dúvidas


Perguntas frequentes
  • Qual a importância dos acompanhamentos psicológico e nutricional?

    O acompanhamento psicológico tem caráter preventivo e educativo. Deve-se considerar a possibilidade de novos fatores de estresse aparecerem, após a cirurgia. Dentre eles estão ansiedade, ciúmes do parceiro, desejo de liberdade e entre outros. Além disso, o paciente pode ainda criar certas expectativas que podem não ser atingidas com a perda de peso, gerando frustrações. Dessa forma, o psicólogo pode ajudar nesse sentido. Pode também ajudar a controlar muitas das compulsões que muitos pacientes apresentavam em relação a comida antes da cirurgia, ajudando assim a evitar o reganho de peso.


    O nutricionista é importante no acompanhamento do paciente para cura definitiva da obesidade, prestando a orientação necessária desde a dieta líquida pós-operatória, passando pela evolução para a pastosa até a transição definitiva para a alimentação comum. Além disso, o nutricionista poderá ajudar a indicar qual a dieta ideal, auxiliando o paciente a abandonar os velhos hábitos ruins de alimentação e adotar um novo estilo de alimentação saudável, através da reeducação alimentar.


  • Vou precisar fazer alguma cirurgia plástica depois da bariátrica?

    A cirurgia plástica depois da bariátrica nem sempre é necessária. Deve-se avaliar cada caso individual e criteriosamente para indicar ou não. Depende muito da idade do paciente e do padrão de distribuição da gordura de cada um.


  • Quais as possíveis complicações?

    Mesmo que não sejam tão frequentes, podem haver complicações, como:

    • Infecções;
    • Hérnia no local do corte;
    • Deiscências de suturas, ou seja, separações de suturas;
    • Pneumonia;
    • Tromboembolismo;
    • Obstrução intestinal;
    • Abscessos.

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